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O novo bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, Dom Danival Milagres Coelho, foi acolhido na Arquidiocese de Goiânia, na manhã do sábado, 25 de maio, em celebração eucarística presidida pelo arcebispo metropolitano Dom João Justino. Naquele dia, a Arquidiocese também celebrava a sua padroeira e da cidade de Goiânia, Nossa Senhora Auxiliadora. A celebração contou com a participação de centenas de fiéis leigos vindos de várias paróquias da Arquidiocese e amigos e familiares do novo bispo, vindos de sua terra, Minas Gerais. Diversos bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB também concelebraram, entre eles, o presidente, Dom Waldemar Passini Dalbello. Participou também o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) recentemente nomeado e ordenado, Dom Edmar José, que é amigo pessoal do Dom Danival. Várias autoridades políticas também participaram: Ronaldo Caiado, governador do estado de Goiás; Rogério Cruz, prefeito do município de Goiânia; Bruno Peixoto, presidente da Assembleia Legislativa do estado, além de demais deputados e vereadores.

Em sua fala inicial, Dom João Justino apresentou o novo bispo. “Com grande alegria, nesta festa arquidiocesana de Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira desta catedral, desta paróquia, da nossa arquidiocese e da cidade de Goiânia, tenho a alegria, a honra e a felicidade de apresentar o nosso novo bispo auxiliar que foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 2 de fevereiro para servir conosco nesta querida Igreja de Goiânia, apresento a todos os senhores e senhoras, Dom Danival Milagres Coelho. Seja muito bem-vindo, Dom Danival”.

Logo após a fala do arcebispo, foi lida a bula pontifícia que contém a nomeação. De regra, explicou o arcebispo, a bula é lida na ordenação do bispo, portanto, ela foi lida no dia 6 de abril, quando Dom Danival foi ordenado em Barbacena (MG) e seria lida novamente na celebração de acolhida, em Goiânia. “Queremos ler a bula novamente atentos a este carinho do Santo Padre para com a nossa arquidiocese”, disse Dom João Justino. O documento foi mostrado a todos pelo vigário geral da Arquidiocese, Pe. Carlos Gomes, e lida pelo chanceler arquidiocesano, Pe. Warlen Maxwell.

Após a leitura, ao tomar a palavra novamente, Dom João Justino lembrou que se concretizava o seu pedido apresentado ao Santo Padre em fevereiro do ano passado. “Após um ano da minha chegada à arquidiocese, ciente da missão que a Igreja me pede no pastoreio desta grande Igreja, cuja população aproxima-se dos 3 milhões de habitantes, solicitei que tivéssemos o auxílio de mais bispos auxiliares a fim de que se somando a mim e a Dom Levi, pudéssemos servir mais e melhor ao povo de Deus. Passado um ano, em 2 de fevereiro deste ano, o Santo Padre, o Papa Francisco, nos deu o primeiro presente, escolheu e nomeou Dom Danival Milagres Coelho, do clero da Arquidiocese de Mariana, para ser bispo auxiliar de Goiânia. Ficamos imensamente felizes com a notícia e tivemos a honra e a alegria de ordená-lo no último dia 6 de abril em Barbacena, cidade onde ele era pároco e reitor do santuário e hoje finalmente marcamos oficialmente o início do seu ministério de bispo auxiliar com esta solene eucaristia”.

Em sua homilia, o arcebispo fez menção ao dia em que Dom Danival era acolhido, Festa de Nossa Senhora Auxiliadora. Para contextualizar a data, ele falou um pouco sobre a história da cidade, da presença dos salesianos, Filhos da Mãe Auxiliadora, inclusive do salesiano e arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira, sepultado na Catedral de Goiânia. Conforme Dom João Justino, em várias situações da história, Nossa Senhora protegeu os cristãos dos males, inclusive de perseguições, por isso ela é amada e invocada com o título de auxílio dos cristãos e Nossa Senhora Auxiliadora.

O arcebispo também comentou o evangelho (Jo 2, 1-11) que relata o episódio das Bodas de Caná da Galileia explicando três diálogos que nos instruem na fé e que contextualizam com o a acolhida do novo bispo auxiliar. “Dom Danival, obrigado por ter vindo colaborar e servir conosco, buscar sempre servir o vinho melhor, somando na missão de fazer aquilo que Jesus nos disse”, comentou Dom João Justino.

Pe. Max Costa, do Clero Arquidiocesano de Goiânia, leu uma longa mensagem de acolhida ao novo bispo em que cita a história da Igreja de Goiânia e os desafios da evangelização na atualidade. Em um trecho ele diz que “a arquidiocese o recebe com muita alegria e esperança marcada pela fé do seu povo e o trabalho incansável de tantos leigos e leigas na missão de evangelizar”.

O governador do estado, Ronaldo Caiado, desejou boas-vindas ao novo bispo auxiliar, e falou da hospitalidade do povo goiano.

O presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Waldemar Passini Dalbello, destacou que Dom Danival será muito feliz em Goiânia, cidade onde ele também já exerceu a missão de bispo auxiliar. “Os inícios difíceis da vida episcopal já passaram que é receber o chamado, superar as inseguranças, chegar ao discernimento da resposta a ser dada, viver o momento da ordenação, todas as despedidas, aceitar o episcopado, deixar sua terra com o coração mineiro que tem, agora é mais fácil é só viver a missão e como presidente do Regional Centro-Oeste, em profunda comunhão e mais próximo da CNBB diante do Dom João Justino como vice-presidente, temos Maria como auxiliadora. Somos irmãos, nós não temos um fardo pesado a carregar. Nós acompanhamos muitos irmãos que carregam fardos, mas nós levamos a boa-nova a eles como quem acolheu a boa-nova de Jesus, aquele que diz vinde a mim vós que estais cansados, sobrecarregados, sob o peso dos vossos fardos eu vos darei descanso. Jesus é o nosso descanso no cotidiano e a missão episcopal é sim um fardo, mas, leve, suave. Seja muito bem-vindo, Dom Danival”.

O novo bispo, em suas palavras, disse da gratidão por ter sido escolhido bispo auxiliar de Goiânia e deixou uma mensagem ao povo da arquidiocese. “Como seguidor de Jesus que exige renunciar a si mesmo, tomar sua cruz e segui-lo movido da certeza de que ele nos amou até o fim, até as últimas consequências, viver a certeza deste amor nos faz livres para servir onde a Igreja mais precisar de nós. Assim me disse Dom Luciano Mendes no meu retiro espiritual para a ordenação presbiteral: ‘não tenha medo de assumir a missão mais exigente que a Igreja lhe confiar’ e foram justamente essas palavras que me lembrei no dia que recebi do senhor Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro, a comunicação de que o Papa Francisco me havia nomeado bispo auxiliar de Goiânia atendendo ao pedido do nosso arcebispo Dom João Justino. Por isso, minha gratidão a Dom João Justino pela confiança e por ter me ordenado bispo no dia 6 de abril, em Barbacena, eis-me aqui Dom João Justino para servir, para aprender com o senhor, com Dom Levi e com Dom Washington esta nova missão que a Igreja me confia”.