Crianças soldados no Iêmen
Os mediadores dos dois lados prometiam às famílias que os filhos trabalhariam como cozinheiros ou serventes
Centenas de menores entre 14 e 15 anos foram recrutados por forças pró-sauditas para combater os rebeldes xiitas Houthi atesta a TV Al-Jazeera do Catar. Estes, por sua vez, também recrutaram adolescentes para a linha de frente. Os mediadores dos dois lados prometiam às famílias que os filhos trabalhariam como cozinheiros ou serventes, com salários de “até 800 dólares ao mês”, quase uma “fortuna” no Iêmen.
O Iêmen e a Arábia Saudita firmaram, em 2007 e em 2001 respectivamente, a convenção internacional que proíbe o envolvimento de crianças nos conflitos. Mas a guerra mudou tudo. Em 2018, Riad foi acusada de recrutar menores na região sudanesa de Darfur, uma outra área devastada pela guerra civil, para enviá-los ao front do Iêmen. As autoridades do Iêmen e da Arábia Saudita, porém, sempre rejeitaram as acusações.