Artigos

A resposta a essas perguntas nos vem desde os primórdios da história da nossa Igreja: o Cristo continuado em nosso meio. “Onde dois ou mais estão unidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20).

Na Igreja, Cristo ressuscitado está presente. Nós, na comunidade paroquial, vivemos dessa fonte bendita. Temos nossa genealogia em Deus: Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Um Deus-Comunidade, que criou o homem à sua imagem: pessoas destinadas a serem Comunidade, alegre comunidade dos filhos de Deus.

Existe a Igreja onde está presente o Senhor Jesus Ressuscitado. A paróquia é chamada a acolher, proteger esta pérola de tamanho valor: o Cristo presente. No entanto, ela também tem a missão de comunicar à rede de pequenas comunidades pontilhadas nos quarteirões, ou nas capelas do território paroquial, a altíssima experiência dessa realidade. 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na sua 52ª Assembleia Geral, realizada em Aparecida-SP, de 30 de abril a 9 de maio de 2014, aprofundou largamente essa realidade e nos trouxe a seguinte definição: “Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia”. Ela comparou a paróquia a uma “estação”, onde se vive de forma provisória, pois o cristão é caminheiro. Ele segue o caminho da salvação (cf. At 16,17), conceito ligado à acolhida daqueles que estão em peregrinação. É uma hospedaria que acolhe os viajantes para a pátria celeste. Ela não é morada definitiva e nem apenas um lugar de passagem onde os viajantes não criam relações de fraternidade, amizade e comunhão. Ela é lar, casa, hospedaria, estação que prepara aqueles que buscam uma comunhão plena, guiados pela fé em Jesus Cristo.

Venha você também, paroquiano amigo, abastecer-se nesta fonte: Deus, Comunidade Divina. Venha descobrir sempre mais a alegria de viver em comunhão com tantos irmãos em busca da vivência do Evangelho, em comunidade. Façamos juntos essa caminhada.

Deus abençoe você, paroquiano amigo, e todos os seus caros familiares. Que Ele lhes dê a alegria e a paz.