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Sem se limitar ao episódio das Bodas de Caná da Galiléia (Jo 2,5), Nossa Senhora está dizendo a todos nós paroquianos e frequentadores da Catedral: “Façam tudo o que ele mandar!” 

Podemos notar que esta simples frase, pronunciada por uma pessoa que fala sem querer impor nada, é verdadeiramente uma frase revolucionária. Se respondermos positivamente a ela, haverá uma reviravolta em nossa vida. Nossos lares terão mais paz e a alegria do Cristo. E a mesma figura que a pronunciou, na aparência tão frágil e meiga, é que dará força de fazê-lo e de recomeçar a cada momento.

Na realidade, diante desta ordem, podemos ter uma ideia de quão pouco espaço ocupa Jesus em nossa vida e de quanto, mesmo sendo cristãos, nós O colocamos distante da nossa vida real. Nos pequenos e grandes problemas que enfrentamos, ou na orientação, nas decisões das questões que nos atropelam a cada dia, somos levados a nos deixar guiar pelo nosso modo de sentir humano, pelas ideologias que nos cercam e nos influenciam, por considerações utilitárias, pela acomodação: “todo mundo faz assim!”... ou: “a moda agora é deste jeito!”...

Mas aqui, na comunidade paroquial, somos alertados a abrir o Evangelho, a buscarmos novamente suas antigas e eternas palavras, cheias de vida, que cada vez nos parecem novas. E vamos perceber como que por encanto, que nossa vida se transforma, dia a dia: assim como aqueles servos na aldeia de Caná da Galiléia viram, com admiração, que aquela água que colocaram nos grandes vasos se transformou em vinho, “do melhor”, ao atenderem Maria, perceberemos também nós como nossos lares, nossas famílias, nossa comunidade paroquial se transformarão em reino de amor.

É o que desejo para mim e para todos vocês, irmãos da Paróquia da Catedral.