Escrito em 12/04/2018
Poluição mata mais que guerra e violência
a poluição do ar foi responsável por 6,5 milhões de mortes, seguida pela poluição da água, com 1,8 milhão de óbitos
Uma em cada seis mortes prematuras no mundo, registradas em 2015 – cerca de nove milhões –, são atribuídas a doenças por exposição tóxica, de acordo com um recente estudo da revista científica The Lancet. Segundo o artigo, a poluição do ar foi responsável por 6,5 milhões de mortes, seguida pela poluição da água, com 1,8 milhão de óbitos. Este número, considerado conservador pelos autores do estudo, é 1,5 maior do que o número de pessoas mortas pelo tabagismo, três vezes o número de óbitos causados por AIDS, tuberculose e malária, juntos, e 15 vezes superior ao número de mortes em guerras ou outras formas de violência.
Segundo o estudo, das mortes relacionadas à poluição, 92% ocorreram em países de baixa ou média renda. Uma em cada quatro mortes prematuras na Índia e uma em cada cinco, na China, foram atribuídas à poluição. A capital do Vietnã, Hanói, teve apenas 37 dias de ar limpo durante todo o ano passado, segundo dados as ONG vietnamita Green Innovation and Development Centre (GreenID), reconhecida pelo governo. O documento revela também que no ano passado a contaminação atmosférica média anual em Hanói foi quatro vezes superior ao que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável.
O estudo estima um prejuízo de 4,6 trilhões de dólares anuais – ou 6,2% da economia global – relacionado à poluição e às mortes causadas por ela. “O que as pessoas não percebem é que a poluição prejudica as economias. As pessoas doentes ou mortas não podem contribuir com a economia. Precisam de cuidados”, diz Richard Fuller, um dos autores do estudo e chefe da organização Pure Earth, que se dedica à despoluição. “Ministros das Finanças ainda seguem o mito de que, se não deixar a indústria poluir, não haverá desenvolvimento. Isso não é verdade”.
Os Estados de menor renda gastam em média 8,3% do seu PIB para combater os danos causados pela poluição, enquanto os países desenvolvidos desembolsam 4,5%.
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