Sacramento da Penitência
Deus não olha o número nem o tamanho de nossos pecados. Ele quer saber se estamos arrependidos e convertidos
Na Liturgia da Missa do 1º domingo da Quaresma, na oração do Prefácio, dizemos: “Ó Deus, vós concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa. De coração purificado, entregue à Oração e à prática do Amor Fraterno, preparamo-nos para celebrar os Mistérios Pascais, que nos deram Vida Nova e nos tornam filhos e filhas vossos”.
E como vamos esperar a Páscoa “de coração purificado”? Como podemos purificar nossos corações? – Recebendo o Sacramento de Cura, chamado Sacramento da Penitência, da Reconciliação, do Perdão, da Confissão, da Conversão.
Jesus Cristo, sabendo que o ser humano é fraco e que a graça do Batismo não suprimiu essa fragilidade humana nem a inclinação ao pecado (ou seja, a concupiscência), instituiu esse Sacramento para a Conversão dos batizados que se afastaram Dele pelo pecado.
E quando foi instituído esse Sacramento do Perdão? – Nós lemos, no capítulo 20 do Evangelho de João, que Jesus Ressuscitado se encontrou com os Apóstolos e demais Discípulos, reunidos no Cenáculo com a presença maternal de Maria, Mãe da Igreja. Soprou sobre eles e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos”. Nosso Senhor confiou à sua Igreja esse Ministério Sagrado de distribuir o Perdão de Deus aos cristãos contritos e humilhados. E a Igreja exerce esse Ministério, esse Serviço misericordioso por meio do Sacramento da Penitência, da Confissão Sacramental.
Deus não olha o número nem o tamanho de nossos pecados. Ele quer saber se estamos arrependidos e convertidos. “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”...
Uma Confissão bem feita nos traz a reconciliação com Deus, o Perdão dos nossos pecados; a Reconciliação com a Igreja, que foi prejudicada pelos pecados que cometi; a Recuperação do Estado de Graça, da Amizade de Deus, perdida quando pequei; a Paz e a Serenidade da consciência, e a Consolação do Espírito; o Crescimento das forças espirituais no combate cristão constante para “não cair nas tentações” e “livrar-se do maligno”, como rezamos na oração que o Senhor nos ensinou.